10 de outubro de 2010
(Des)encanto .
A última réstia de força apaga-se lentamente com o orvalho da manhã . subsistem as cinzas da felicidade que passou .
Uma chama apagada de um brilho no olhar que eu nunca quis que se fosse assim . uma luz no fundo do túnel que se afasta cada vez mais . o sorriso está cada vez mais distante do presente , talvez preso no passado . A vida sorri a poucos e não me parece que seja uma das contempladas . Cada vez mais acredito que finais felizes se resumem exclusivamente a contos de fadas .
Deram-me a vida como quem dá uma rosa vermelha , cravada de espinhos . colocaram-ma na mão de forma a que me picasse em todos eles , e agora , agora que finalmente chegaria à flor , ela murchou , secou e a única cor que permanece é a das lágrimas que me atravessaram o rosto .
apaga-se o choro no fundo do abismo e já não tenho mais lágrimas pra chorar . nem mais voz pra gritar . e do coração cravado de espinhos não resta mais espaço para magoar .
nunca ninguém disse que a vida era fácil , mas também ninguém perguntou se queria aqui estar .
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Um texto muito lindo e emocionante.
ResponderEliminarRealmente a vida não é fácil, mas cabe a nós actores protagonistas, interpretá-la da melhor maneira e se for possível escrever também o seu guião.
Ninguém te perguntou se querias aqui estar, mas eu gosto que estejas, e lembra-te que estás aqui, por seres fruto daquilo que precisamente tanto procuras e que um dia te magoou "Por Amor"
beijinhos
OLá!
ResponderEliminarJá há muito que não escreves!
Vá lá mais um post pls D:
bjs